Falha humana. Esta é uma das hipóteses que está sendo apurada pelo delegado Antônio Farias na tentativa de desvendar a responsabilidade pela fuga de seis detentos do Presídio PB-1 em João Pessoa. Foi o que anunciou o secretário da Segurança e Defesa Social, Gustavo Gominho.
Outro ponto a ser investigado, disse Gominho, é de que se a fuga foi planejada externamente e que poderia ter contado com facilitação interna. O delegado Antônio Farias tem prazo de trinta dias para concluir as investigações podendo ser prorrogado.
Gominho, durante a entrevista na Secretaria de Comunicação, questionou sobre a construção do presídio que, segundo ele, tem local construído com alvenaria quando era para ser de concreto. “Tudo será investigado”, disse o secretário.
O secretário Carlos Mangueira disse na entrevista que a ordem do governador José Maranhão é que tudo seja apurado “nos rigores da lei que e seja punido quem tiver culpa”. Ele acrescentou que todos foram pegos de surpresa, principalmente por ser um presídio de segurança máxima, com uma vigilância mais aprimorada e onde estão recolhidos bandidos extremamente perigosos.
Apesar do afastamento da diretoria do Presídio PB-1 o secretário Carlos Mangueira não acredita na participação dos diretores, inclusive revelando que eles chegaram a confrontar os bandidos. Com capacidade para 700 apenados atualmente estão recolhidos 594.
Entregue em setembro de 2008, esta é a primeira fuga ocorrida no Presídio PB-1. Os primeiros detentos transferidos para o local foram dos presídios de segurança máxima, Sílvio Porto e Roger, em João Pessoa e também de Campina Grande, sendo inicialmente com a segurança da Polícia Militar.
As informações dão conta de que para realizarem a fuga desta quarta-feira, os detentos renderam agentes penitenciários quando por volta das 7h foram entregar o café.
Sem serem percebidos eles escalaram o muro e pularam. Na ocasião já estavam com duas armas, um rifle (já recuperado) e uma metralhadora. Imediatamente a polícia foi acionada, conseguindo recapturar quatro deles. Por causa das fugas as visitas foram suspensas e voltam no fim de semana.
Durante toda a manhã familiares dos detentos procuravam informações sobre aqueles que estavam recolhidos. Carlos Mangueira chegou a informar que da cela dois estavam 13 detentos e apenas um fugiu, enquanto que da cela três ocupada por nove presos, apenas cinco fugiram. “Os demais não quiseram acompanhar os fugitivos”, disse o secretário.
Enquanto acontecia a fuga de detentos no Presídio PB-1 um grande número de aprovados no concurso para agente penitenciário protestavam na Praça João Pessoa, exigindo a nomeação deles. O secretário de Administração Penitenciária não descartou essa possibilidade.
Abaixo as fichas criminais dos detentos fugitivos do PB-1:
Niedson Carlos da Silva Costa, 21 anos. É natural de João Pessoa, sendo condenado pela Comarca da Capital a pena de 23 anos de prisão pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte).
Jodson Rimet Domingos, 31 anos. Conhecido por “Bode” é natural Natal (RN). Já tem condenações por roubo, sendo uma de 9 anos, outra de 2 anos e seis meses e a última de 13 anos e um mês.
Roosevelt Antônio da Silva, 32 anos. Natural da cidade de Gurinhém (PB) é também conhecido por Ronaldo ou Miramar. Cumpre pena de 21 anos pelo crime de homicídio em João Pessoa.
Rodrigo de Oliveira Minervino, 23 anos. É natural de Campina Grande e cumpre pena de 21 anos e seis meses de reclusão pela prática de um homicídio na Comarca de Campina Grande.
Felipe Edvaldo Menezes Iglesias, 26 anos. É natural de Recife, conta com três condenações e responde a outros dois processos. No total é condenado a 30 anos, quatro meses e 22 dias de reclusão.
Cardoso Filho WSCOM Online
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