sábado, 26 de junho de 2010

Rede Globo é alvo de "vuvunzelazo" na internet


A Globo não está mais falando sozinha no Brasil. A chamada grande mídia não se esgota na Rede Globo, é verdade, mas esta simboliza a hegemonia do modelo midiático concentrador e excludente construído no Brasil ao longo das últimas décadas. A briga envolvendo o técnico da seleção brasileira e o maior conglomerado de comunicação do país deu visibilidade a esse novo cenário. O chamado para um "Dia sem Globo", convocado via twitter para esta sexta-feira, foi um movimento inédito no país, nos termos em que aconteceu. A ordem era não ver o jogo da seleção brasileira contra Portugal pelos veículos da Globo. Moveu ponteiro na audiência da emissora? Nada dramático, segundo os indicadores oficiais de audiência, mas algo parece ter se movido.

O blog Noticias da TV Brasileira divulgou os seguintes números dos índices de audiência das emissoras concorrentes da Globo no horário do jogo desta sexta-feira entre Brasil e Portugal:

“A Band obteve hoje com a transmissão do jogo Brasil X Portugal o seu melhor resultado de audiência até agora na Copa do Mundo: pela prévia do Ibope, média de 13 pontos. Nos dois primeiros jogos do Brasil a média da emissora tinha sido de 10 pontos. O resultado de hoje mais uma vez garantiu à Band o segundo lugar isolado. No horário do jogo, SBT deu 1,1, Record 0,9 e Rede TV 0,1.”

Luiz Carlos Azenha, por sua vez, informou no Vi o Mundo que os números preliminares do Ibope para a Grande São Paulo indicam um aumento na audiência tanto para a Globo quanto para a Bandeirantes em relação ao jogo anterior do Brasil na Costa do Mundo, domingo passado. “Na estreia do Brasil, a Globo cravou 45 pontos, contra 10 da Band. No terceiro jogo, entre Brasil e Portugal, os números preliminares indicam que a Globo obteve 44 pontos de média, contra 13 da Band”. No entanto, o “share” da TV Globo caiu (porcentagem de sintonizados na emissora sobre o número total de televisores ligados), de 75% no primeiro jogo para 72% no segundo e, agora, para 67%. O “share” da Bandeirantes, por sua vez, iniciou com 16%, passou para 17% e chegou a 20% no jogo contra Portugal. Todos esses números, adverte Azenha, são preliminares e se referem apenas à medição automática do Ibope na Grande São Paulo.

Mas a principal novidade desse episódio não é audiência da Globo ou da Bandeirantes, mas sim a exposição pública de um tipo de prática midiática (de manutenção de privilégios) que não era conhecido pela imensa maioria da população. Na terça-feira desta semana começaram a surgir os primeiros relatos (dos jornalistas Bob Fernandes, no portal Terra, e de Maurício Stycer, no UOL) sobre o conflito ocorrido no domingo entre Dunga e a Rede Globo. Segundo esses relatos, Dunga não aceitou dar à Globo acesso privilegiado a jogadores da seleção para a realização de entrevistas exclusivas. Essas entrevistas teriam sido negociadas diretamente pela Globo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Dunga não gostou e vetou.

A imensa maioria dos jornalistas condenou o modo como Dunga reagiu, proferindo palavrões durante a coletiva após o jogo contra a Costa do Marfim. No dia seguinte, o episódio parecia que ia somar para um suposto aumento do desgaste da imagem de Dunga. Mas não foi isso que aconteceu. A repercussão do caso na internet indicou que a maioria dos internautas estava ficando com Dunga e contra a Globo. As enquetes nos portais esportivos e as seções de comentários nestes espaços mostravam um amplo apoio para o técnico contra a emissora. Ainda na terça,
Internautas começaram a propor um boicote nacional à TV Globo na sexta-feira. Na madrugada de terça-feira, cresceu no twitter o chamado para um #diasemglobo, que convidava as pessoas a verem o jogo entre Brasil e Portugal, sexta-feira, em qualquer outra emissora que não a Globo.

A reação da Globo e de seus parceiros
A alergia à crítica da Globo e de suas empresas parceiras provocou cenas curiosas, como a consulta à distância a psicanalistas para diagnosticar problemas mentais no treinador. Os jornais O Globo, no Rio de Janeiro, e Zero Hora, em Porto Alegre, publicaram matérias quase idênticas.

O primeiro noticiou, dia 22 de junho, em matéria assinada por Fernanda Thurler: “E se o destempero entrar em campo – Psicanalista teme que atitude exaltada do treinador seja incorporada pelos jogadores ”. Na mesma linha, ZH disse, em matéria de Itamar Melo: “Especialistas analisam Dunga”. Praticamente a mesma matéria. Só mudaram os psicanalistas ouvidos. No caso do Globo, Alice Bitencourt e Chaim Katz. A ZH foi de Mario Corso, João Ricardo Cozac e Robson de Freitas Pereira.

O jornalista Leandro Fortes apontou, em seu blog Brasília, eu vi, o surgimento de uma nova era Dunga e uma de suas primeiras conseqüências: o fim do besteirol esportivo. Ele escreveu:

“O estilo grosseiro e inflexível de Dunga desmoronou esse mundo colorido da Globo movido por reportagens engraçadinhas e bajulações explícitas confeitadas por patriotadas sincronizadas nos noticiários da emissora. Sem acesso direto, exclusivo e permanente aos jogadores e aos vestiários, a tropa de jornalistas enviada à África do Sul se viu obrigada a buscar informações de bastidores, a cavar fontes e fazer gelados plantões de espera com os demais colegas de outros veículos. Enfim, a fazer jornalismo. E isso, como se sabe, dá um trabalho danado”.
O fato é que a Globo e as grandes empresas midiáticas não estão falando mais sozinhas e perderam a legitimidade auto-atribuída que os apresentava como porta-vozes dos interesses, anseios e desejos da sociedade. Eles não são esses porta-vozes. O número de porta-vozes da sociedade aumentou significativamente e eles estão se valendo das novas ferramentas tecnológicas para expressar suas opiniões. Há quem diga que é muito barulho por uma questão envolvendo um campeonato de futebol. Na verdade, é muito mais do que isso. Os palavrões e o “destempero” de Dunga serviram ao menos para mostrar que há muitas vozes gritando do lado de cá da tela. E, nesta semana, essas vozes fizeram tanto barulho quanto as vuvunzelas.

Divulgado por: Carta Maior

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Paes de Lira comprova que o Governo tem dinheiro para pagar a PEC 300


Ao fazer o uso da palavra nesta terça-feira(8), o Deputado Federal Paes de Lira comentou que, enquanto a PEC 300 continua engavetada por decisão do colégio de líderes, foi anunciado um reajuste salarial do Poder Judiciário que poderá custar R$ 8 bilhões para os cofres da União. O parlamentar não é contra o reajuste mas contesta que, enquanto um técnico judiciário de nível médio ganhará R$ 12.700,00 e um de nível fundamental receberá R$ 5.900,00, o Governo diz que não pode pagar um piso de R$ 3.500,00 para os bombeiros, policiais civis e militares, trabalhadores da segurança pública que arriscam diariamente suas vidas no exercício de suas funções.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Campanha de repudio em todo o Brasil aos partidos que lutam contra a PEC 300.


Hoje a ONG – Abolição Militar, lança a logomarca oficial da capanha de repudio aos três maiores partidos político do Brasil (PSBB – PT - PMDB) , ou seja aos maiores inimigos da policia militar, do corpo de bombeiros militar, além da policia civil que hoje se integra a propositura da PEC 300, e os reformados que mesmo servindo e protegendo a sociedade brasileira durante 30 anos, com o sacrifício da própria vida, até hoje espera por sua dignidade salarial . Diante desse quadro de desrespeito solicitamos dos companheiros de todo o Brasil, além dos Parlamentares da FREMIL, a total adesão ao movimento SEM PEC 300 SEM O (PSBB – PT - PMDB) e seus respectivos candidatos: seja na esfera estadual, federal, senado, governador ou presidente da republica. Já que as entidades nos venderam por um preço que nem nos sabemos, que se foi a preço de banana, ou a preço de melhorar a vida deles, vamos usar nossa única arma que é o VOTO. Solicitamos que os demais Estados sigam o modelo da camisa para que assim possamos ter um só modelo de luta. Modificando apenas o símbolo da bandeira do seu respectivo Estado. E vamos da um NÃO nas URNAS a esses partidos

Deputados recorrem ao Supremo para votar PEC 300


A conversa acabou. Cansados de aguardar a retomada da votação da PEC 300 por vias políticas, deputados favoráveis à proposta decidiram entrar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar a Câmara a retomar a votação do piso salarial de policiais e bombeiros militares. A decisão será anunciada amanhã (8), logo após a reunião dos líderes partidários.

Aconselhados pela assessoria jurídica, eles apresentarão antes um requerimento à Mesa da Câmara solicitando que a matéria seja incluída na pauta. “Só nos resta saída na Suprema Corte”, disse o deputado Capitão Assumção (PSB-ES) ao Congresso em Foco. Para ele, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), “não quer votar nada”. “Os representantes dos policiais estão sendo enganados”, protestou o deputado, um dos coordenadores da Frente Parlamentar em Defesa dos Policiais e Bombeiros Militares. O deputado Major Fábio (DEM-PB) destaca que, além dos 321 parlamentares que apóiam formalmente a PEC, outros 100 pediram para assinar o requerimento de inclusão da proposta na pauta. “São mais de 400 deputados que querem votar a PEC 300. Mas ela não é votada porque Vaccarezza não quer”, reforçou o paraibano. Major Fábio adiantou que os deputados favoráveis à PEC 300 serão chamados a subscrever o mandado de segurança. A proposta, cujo texto-base foi aprovado em março, cria o piso salarial provisório a policiais e bombeiros militares de R$ 3,5 mil e R$ 7 mil - para praças e oficiais, respectivamente. Para que o primeiro turno de votação da PEC 300 seja concluído, deputados terão de analisar quatros destaques que, na prática, desfiguram a proposta. Após essa fase, a matéria terá de passar por outro turno de votação para, então, seguir ao Senado.

domingo, 6 de junho de 2010

Mais uma vez intervenção Política nas ações policiais


Policiais militares do destacamento da cidade de Marizópolis critica a perseguição política. Segundo os militares o fato aconteceu no mês passado, quando o vereador Célio Macário usando de seu cargo público interferiu na ação policial, ou seja, tentou ajudar um correligionário político que se encontrava preso aguardando o momento oportuno para ser conduzido a delegacia de polícia civil da cidade de Sousa-PB a fim de ser autuado pela autoridade judiciária competente.O parlamentar insatisfeito com a recusa dos policiais militar, resolveu colocar em plenário na ultima sessão ordinária da câmara de vereadores realizada no dia 22 de maio de 2010, a propositura de uma moção de repúdio ao Soldado Genildo, acusando-o e condenando o antecipadamente pelo fato de “abusar de sua autoridade” e de faltar com respeito ao referido parlamentar.Não concordando com a postura do parlamentar mirim os policiais também confeccionaram uma noto de repúdio. Confira abaixo:



Nós policiais militares, ora lotados no Destacamento Policial da cidade de Marizopolis-PB, e na qualidade de cidadãos brasileiros, vimos a público expressar o nosso mais sincero sentimento de repúdio, ante as atitudes indecorosas praticadas pelo vereador Célio Macário, que no ultimo dia 14/05/2010, adentrou ao interior da sede do destacamento policial de Marizopolis-PB , sem autorização nenhuma de quem de direito e usando do artifício de atualmente exercer o múnus público de vereador do município supra citado exigiu a libertação de um popular que estava no interior do xadrez da sede do destacamento local, aguardando tão somente o momento oportuno para ser conduzido a delegacia de polícia civil da cidade de Sousa-PB a fim de ser autuado pela autoridade judiciária competente.Fica a primeira pergunta no ar: O que é um vereador? Segundo a Lei Orgânica Municipal e a própria Constituição Federal, o VEREADOR é membro do Poder Legislativo, eleito pelo povo, que tem como funções: legislar, ou seja, criar leis que tornem a sociedade mais justa e humana; a fiscalização financeira; e manter o controle externo do Poder Executivo Municipal, principalmente quanto à execução orçamentária ao julgamento das contas apresentadas pelo prefeitoPois bem, pelo que vimos não é função do vereador intervir em assuntos policiais; se o mesmo queria por algum motivo ajudar o seu correligionário político, que tivesse contratado um advogado e o acompanhado ate a delegacia para onde o mesmo estava sendo levado a fim de lhe prestar assessoramento jurídico, muito pelo contrário, o parlamentar extrapolando a autoridade que possui exigiu que o soldado Genildo liberasse o preso, porém, o militar insatisfeito com tal proposta indecorosa pediu ao parlamentar mirim que se retirasse da porta do xadrez do destacamento local, haja visto aquele local ser restrito, e como o vereador insistiu em suas atitudes o policial militar desta vez não mais pediu mais, e sim exigiu que o mesmo se retirasse daquele local e que procurasse os seus direitos, tomando desta forma uma atitude mais do que legitima, haja visto que devido ao tumulto causando no interior daquele estabelecimento estava colocando em risco a integridade do policial que estava de serviço, do vereador que ali se encontrava, e do próprio preso.Tomado por um sentimento de rancor, o parlamentar colocou em plenário na ultima sessão ordinária da câmara de vereadores realizada no dia 22 de Maio de 2010, a propositura de uma moção de repúdio ao Soldado Genildo, acusando-o e condenando o antecipadamente pelo fato de “abusar de sua autoridade” e de faltar com respeito ao referido parlamentar. Talvez não saiba o vereador que Abuso de autoridade é um crime tipificado na lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, e que prevê uma rigorosa pena aos agentes públicos condenados por tal delito, já que o nobre parlamentar se sentiu prejudicado, deveria ter procurado seus direitos pelas vias administrativas e judiciais.Quanto a acusação sofrida pelo policial de ter faltado com respeito ao vereador, na realidade o parlamentar foi quem faltou com respeito a lei e a justiça, pois acima da autoridade política existe a lei que deve ser cumprida de forma incondicional por todos, inclusive policiais militares e vereadores; jamais um vereador deveria ter a petulância de se dirigir a um destacamento policial militar e exigir de um policial que liberasse um preso apenas pelo fato deste ser seu correligionário político. O mais correto seria, procurar um advogado e assim auxiliar o detido. E caso fosse constatado alguma irregularidade no procedimento do policial teria o parlamentar toda legitimidade para procurar as vias legais e judiciais a fim de apurar o suposto delito cometido pelo miliciano. Ao contrário o vereador buscou guarita na honrada câmara de vereadores do município local e no corporativismo dos colegas parlamentares que talvez não soubessem de fato o que havia se passado naquele fatídico dia, mesmo assim o poder legislativo marizopolense deu um voto de confiança ao colega parlamentar e aprovou por unanimidade a moção de repúdio ao militar.O mais espantoso de tudo isso e que acompanhado da moção de repúdio também foi feito um requerimento de número 011/2010 solicitando a transferência dos trabalhos policiais do SOLDADO GENILDO para outra localidade, de autoria do vereador Célio Macário.Fica então a segunda pergunta no ar: como é que o Policial Militar pode realizar um trabalho justo e imparcial se ao menor desentendimento, com um vereador de uma cidade, este em atitude de extrema arrogância logo lhe pede a sua transferência, como se a Polícia Militar estivesse subordinada as vontades políticas do vereador Célio e fosse obrigada a atender todas as suas vontades políticas? Atitudes como estas são de costume por parte do vereador, e não e a primeira vez que o mesmo se envolve em conflitos com policiais militares, sendo que uma dessas discussões por pouco não terminou em desgraça. Fica ai a reflexão, os vários policiais que já passaram pela cidade estão errados ou são as atitudes do vereador que são arrogantes?Como cidadãos brasileiros acreditamos numa sociedade livre, justa e solidária, baseada nos princípios da legalidade, onde as leis sejam feitas para todos e não apenas para determinada classe de pessoas. GERAILTON BARBOSA DA SILVA MAIA – 3º SGT PMJOÃO BOSCO DA COSTA – CB PMCARLOS JOSÉ DE SOUSA – CB PMCÍCERO RODRIGUES DO NASCIMENTO – CB PMVALDIVAN ALEXANDRE DA SILVA – CB PMGENILDO GOMES DE ANDRADE – SD PM Marizópolis, 05 de junho de 2010.

sábado, 5 de junho de 2010

Bandidos sequestram empresário e trocam tiros com Polícia Militar

Cinco bandidos armados e ainda não identificados provocaram horas de aflição para os familiares de um empresário da cidade de Brejo do Cruz, no Sertão do Estado. Durante uma tentativa de assalto frustrada, no final da noite da última quinta-feira (3), eles trocaram tiros com a polícia e ainda sequestraram a vítima, mantendo-a sob ameaças e a mira de pistolas e de espingarda calibre 12 por mais de sete horas.

Segundo a polícia, o grupo abordou o empresário Fábio de Souza Melo, de 32 anos, no momento em que ele chegava em casa, no Centro da cidade. Depois de anunciarem o roubo, os homens foram surpreendidos com a chegada de policiais militares, que foram recebido à bala pelos bandidos. Após uma troca de tiros, um dos assaltantes ficou ferido e fugiu a pé para um matagal.

O objetivo dos criminosos era roubar joias e dinheiro do empresário, que é dono de um posto de combustíveis e uma pizzaria na cidade.

Outros dois criminosos fugiram em um veículo sem placas, enquanto outro comparsa fez a vítima de refém e fugiu com o empresário em um automóvel corolla, em direção a Catolé do Rocha e o município de Patú, no Rio Grande do Norte.

Ao passarem por uma estrada de terra, na divisa entre os dois Estados, o veículo acabou capotando em alta velocidade. Fábio de Souza e o assaltante tiveram apenas escoriações leves, mas o empresário fingiu ter quebrado uma das pernas e foi abandonado pelo bandido, que optou por fugir para um matagal.

Paraiba1.com

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Pressão: Tenente Bezerra tenta suicídio


O Tenente Bezerra tem sido um dos defensores, diga-se de passagem, quase solitário de melhorias para o Matadouro Público Municipal de Patos sobre as questões que envolvem as condições sanitárias daquele espaço. Diante disso, Tenente Bezerra, tem ocupado espaços da imprensa patoense para denunciar o descaso, mas tem sofrido pressões de todos os lados.

Tenente Bezerra nesta quarta-feira daria entrevista na Rádio Princesa FM, onde iria conceder entrevista aos radialistas Cláudio Paschoal e Ari Ramalho sobre os problemas com o Matadouro Público. Logo no inicio da entrevista uma viatura com policias do 3º Batalhão de Polícia Militar, comandada pelo Capitão Hugo e outros policias estiveram na rádio, um desses, nesse caso motorista, é filho do próprio Tenente Bezerra. Na ocasião os policias pediram para que ele os acompanhasse até o Ministério Público para prestar esclarecimentos. Os policias relataram que a ordem havia sido emitida pelo próprio Ministério Público. O Capitão Hugo perguntou ao Tenente se o mesmo estava armado, o que foi respondido que sim devido a ter registro para tal procedimento. O Capitão pediu para que a arma fosse entregue e foi atendido prontamente. Conduzido ao Ministério Público o Tenente foi levado a presença da Promotora de Justiça Curadora Drª Edivane Saraiva de Souza, onde prestou esclarecimentos sobre as recentes entrevistas concedidas a emissoras de rádio de Patos. Relato do próprio Tenente dão conta que em todos os momentos foi constrangido diante dos policiais e sofreu pressão psicológica a cada instante diante do seu próprio filho. “Buscarei meus direitos na justiça, sofro de depressão e isso fez cair minha auto-estima, tive insônia, ansiedade e falta de apetite, tudo gerado por esse constrangimento. Simplesmente por buscar um direito como cidadão consciente!” disse Bezerra.

Mesmo diante de tais fatos, Tenente Bezerra, foi nesta quinta-feira (3) aos estúdios da Rádio Princesa FM para dar continuidade à entrevista interrompida, o mesmo esteve acompanhado do soldado Silvano Morais da O.N.G Abolição Militar. A entrevista transcorreu normalmente. A cada instante a população ligava para rádio prestando solidariedade pela luta e demonstrando revolta diante da forma arbitrária do impedimento da entrevista anterior.

Constrangido e visivelmente abatido desde a quarta-feira (2), o Tenente Bezerra em sua casa nesta quinta-feira (3), atentou contra sua vida fazendo uso de sua arma num momento de desespero, chegando a sacar o revolver e apontar para o seu ouvido. Nesse momento sua esposa ao presenciar tal fato conseguiu segura-lo impedindo a conclusão trágica. Silvano Morais da O.N.G Abolição Militar foi chamado pela família para acalmar a situação. O fato chamou a atenção de amigos, familiares e militares que foram à residência do Tenente Bezerra prestar apoio. A arma está de posse do soldado Silvano que foi um dos negociadores naquele momento de tensão. O fato está sendo acompanhado pelo Comandante do 3º B.P.M, Coronel José Carlos que não está medindo esforços diante da gravidade do acontecido.

Jozivan Antero-patosonline.com